Do Voz do Movimento
Entre os dias 8 e 10/11, o Assentamento Cangussu, em Barra do Choça, recebeu a 2º Feira de Conhecimento das Escolas de Assentamento, com o objetivo de fortalecer a cultura e abordar, de forma diferente, temas importantes para a formação dos estudantes.
A atividade foi proposta pelo coletivo de educação do MST e conseguiu envolver desde o pré ao terceiro ano do ensino médio das escolas Emiliano Zapata, Lucia Rocha Macedo, Manoel Bonfim, Maria Zilda e Pátria Livre, da brigada Manoel Bonfim.
Estandes apresentavam diversas ideias criativas a partir de temas que fazem parte do dia a dia das famílias assentadas e acampadas, como “Literatura Infanto-juvenil”, “Inclusão dos Alunos e Alunas com Deficiências”, “Literatura Clássica e popular”, “O Poder das Mídias”, “Intolerância”, “Movimentos Sociais no Brasil”, “Recortes da História do Brasil”, “Agroecologia” e “Agronegócio”.
Houve ainda apresentações de dança, capoeira e parodias, além de palestras sobre a literatura clássica, agroecologia e uma análise do atual momento político. Tudo foi produzido e organizado pelos estudantes com o auxílio dos professores das unidades escolares.
Para Idaiane Sales, do setor de educação do MST, a feira foi um desafio para toda a comunidade escolar, pois trouxe temas importantes que tem contribuído na luta por uma educação do campo de qualidade. “O que resume esse trabalho é a união. Com isso, podemos perceber que há muitos obstáculos pela frente mas, a cada dia construímos novos mecanismos que, metodologicamente, avançam o processo de escolarização”.
“O evento mostrou que a formação também é possível fora da sala de aula e o MST aponta que a educação popular é o caminho certo para avançarmos na formação dos trabalhadores Sem Terra”, explica Sales.